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As juventudes e os Direitos Humanos em discussão na ECA São Paulo

Os Direitos Humanos, assim como a compreensão do mecanismo e da manutenção dos valores democráticos, da importância da mobilização e da atuação política, foram tema de dois encontros da Escola de Cidadania para Adolescentes em São Paulo.

No primeiro encontro, após uma breve retomada das discussões sobre a democracia e o sistema político brasileiro, uma dinâmica explorou o poder, muitas vezes nocivo, dos rótulos aos quais estamos submetidos na sociedade.

Através desta atividade, foi trabalhado o conceito de Identidade e as plurissignificações que surgem para os adolescentes em suas vivências: estereótipos, termos pejorativos, questões de autoafirmação e manutenção de privilégios, entre outras.

Em seguida, os educadores chamaram as e os jovens à uma atividade na qual deveriam dizer “Concordo x Discordo” para algumas afirmações de senso comum sobre Direitos Humanos:

  1. Direitos humanos são para humanos direitos.
  2. Ninguém pode tirar os direitos humanos de ninguém.
  3. O direito à educação é um dos direitos mais importantes.
  4. A maioria das pessoas no Brasil é contra os direitos humanos.
  5. O direito à liberdade de expressão garante que todas as pessoas falem o que quiserem, da forma que quiserem.

Com essa dinâmica, foram debatidas a universalidade e a indivisibilidade dos Direitos Humanos, a interdependência entre eles e ainda os Direitos Humanos como inalienáveis.

Para ampliar as discussões, a turma assistiu a exibição do programa Greg News – “A Verdade sobre Direitos Humanos”:

Para encerrar o primeiro encontro sobre o tema, foi proposta uma leitura coletiva do texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Divididos em grupos e com o auxílio do material disponível no site da ECA sobre o tema, as alunas e alunos tiveram tempo para ler e discutir o texto histórico, e depois foram convidados a criar apresentações sobre os conceitos estudados.

A segunda parte da oficina começou com a apresentação dos trabalhos da turma criados a partir da leitura coletiva da Declaração Universal dos Direitos Humanos e também a discussão do processo de mapeamento afetivo proposto no início do projeto.

Depois dessa apresentação, a turma assistiu e debateu a vídeo-aula sobre Direitos Humanos e as juventudes, criada especialmente para a Escola de Cidadania:

No final deste encontro, uma roda de conversa com convidados ativistas em Direitos Humanos trouxe para as e os adolescentes diferentes perspectivas sobre a luta pela manutenção de direitos: movimento feminista, movimento negro, movimentos pela educação, direito ao trabalho, à comunicação, entre outros.

Política e participação popular: Democracia também é assunto de adolescente

A Democracia foi tema de duas das oficinas da Escola de Cidadania para adolescentes em São Paulo. Promovendo a discussão através da leitura de textos, rodas de conversa, atividades colaborativas e a apresentação de exemplos práticos, as e os jovens puderam conhecer e reconhecer o valor coletivo da democracia e a importância da participação popular.

No primeiro encontro, pautado a partir do Guia Prático: Participação Cidadã para Adolescentes, foram apresentados os conceitos de Democracia e Participação Popular. Foram debatidas as impressões dos jovens sobre o conceito de democracia como valor comunitário importante para garantir a manutenção de direitos básicos e conquistas sociais.

Em seguida, a turma foi dividida em quatro grupos para trabalhar coletivamente numa linha do tempo da democracia: usando tarjetas com descrição de acontecimentos históricos, as e os adolescentes foram estimulados a associar as descrições a fatos identificados na linha do tempo.

Para aprofundar o debate, os jovens participaram de mais uma atividade coletiva: a montagem de um ‘quebra-cabeça’ sobre o funcionamento do Estado Brasileiro. Nesta atividade foi possível conversar sobre o papel de cada poder dentro do estado democrático e as atribuições dos diferentes entes federados.

Durante a montagem do quebra-cabeça, algumas provocações pautaram a reflexão:

  • A população brasileira tem conhecimento do que é democracia?
  • Sabem como funcionam os poderes?
  • Aprendemos algo sobre isso na escola?
  • Qual a importância de entender o funcionamento do Estado para exercer a cidadania?
  • Onde nós, cidadãos, estamos nessa estrutura?

No segundo encontro abordando Democracia, a turma se reuniu para assistir um vídeo sobre o tema e para uma roda de conversa sobre todos os conceitos que foram apresentados na oficina anterior.

Depois do debate, uma conversa / entrevista com especialistas em participação democrática trouxe exemplos práticos da importância da participação popular e do ativismo em favor de uma democracia possível a todas as pessoas.

Escola, cidadania, juventudes, afetividades: as primeiras oficinas da ECA em São Paulo

Para começar as atividades do ciclo de oficinas da Escola de Cidadania para Adolescentes em São Paulo, foram elaborados encontros com atividades pensadas para aproximar as e os jovens participantes e mapear afetividades com suas comunidades e territórios.

No primeiro encontro, a integração. Os jovens foram convidados e produzir seus crachás de identificação marcados com diferentes cores que representavam as regiões de onde vieram. Em seguida, uma roda de apresentações fez com que eles e elas dialogassem sobre vivências e preferências individuais e comuns.

Após conhecerem a plataforma da ECA, a programação e o plano de atividades para as oficinas, a turma foi chamada a uma reflexão sobre os conceitos de Escola, Cidadania e sobre Ser Adolescente. A ideia central desta atividade é captar referências e experiências que cada jovem traz quando pensam sobre cada um dos conceitos propostos.

“O que é a escola?”, “Como a escola pode ser legal?”, “O que é cidadania e o que adolescentes têm a ver com isso?”, “O que é ser adolescente?” – estas e outras perguntas foram objeto de debate entre as e os jovens que, divididos em três grupos, produziram um cartazes com a síntese das discussões. Cada grupo apresentou seu cartaz e suas reflexões para os demais e escreveram sobre suas expectativas quanto ao projeto.

No segundo encontro, algumas dinâmicas e atividades colaborativas contribuíram para o mapeamento afetivo dos territórios, direitos, participação social, identidades e pertencimentos, além de definir acordos de convivência para as oficinas – um exemplo ilustrativo de como estes acordos estão presentes e são necessários para convivência em sociedade.

Após uma conversa inicial sobre as expectativas que as e os jovens relataram no final no primeiro encontro, uma ‘chuva de ideias’ iniciou trouxe para o centro da conversa o significado do termo mapeamento afetivo.

Para encerrar o segundo encontro, a dinâmica ‘Word Café’ dividiu a turma em grupos que, ao redor de mesas, discutiram os temas propostos na chuva de ideias: a cada 20 minutos, os grupos trocavam de mesa e passavam a debater um novo tema do mapeamento afetivo, com a ajuda dos educadores, que ficaram responsáveis por acompanhar a aplicação de um questionário que sistematizou o resultado das discussões.

Viração realiza ciclo de oficinas da Escola de Cidadania em São Paulo

A Viração realizou um ciclo de atividades de formação no âmbito do projeto de cooperacão internacional Escola de Cidadania para Adolescentes, co-financiado pela Província Autonoma de Trento e a Associação Viração&Jangada de Trento, na Itália.

Foram realizadas na sede da Viração, em São Paulo, 12 oficinas para 40 adolescentes de diversas regiões da cidade com duração de 4 horas cada. Os encontros visaram promover uma sensibilização e formação a respeitos dos temas contemplados no projeto: democracia, direitos humanos, juventudes, participação e meio ambiente, além da capacitação para o uso de técnicas de mobilização social e produção de comunicação.

O projeto Escola de Cidadania para Adolescente também buscou fortalecer o ativismo juvenil e o enredamento de adolescentes em iniciativas participativas, para isso parte dos encontros contou com a articulação com movimentos e ativistas em diferentes áreas, relacionadas aos temas do projeto para rodas de conversas com os adolescentes.

Além disso, foram realizadas visitas em organizações que atuavam com o tema do meio ambiente, nas quais os adolescentes puderam refletir sobre proteção ambiental, aprender técnicas e trabalhos de reciclagem e permacultura urbana, além de conhecerem experiências de ativismo ambiental.

Os encontros foram subsidiados pelos conteúdos multimídia produzidos no âmbito do projeto disponíveis na plataforma.