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A Internet, as redes sociais, a Comunicação para as juventudes e um exercício educomunicativo

As discussões sobre internet e a comunicação via redes sociais são essenciais para as juventudes do nosso tempo. Na Escola de Cidadania para Adolescentes, estes temas serviram como base para uma oficina e um exercício prático de cobertura educomunicativa desenvolvido pela turma.

Para entender o fenômeno da internet em nosso tempo na prática, foi organizada a dinâmica da Rede Social: cada jovem construiu um perfil com informações básicas, sentimentos (no formato ‘post’) e expôs para o restante da turma. Em seguida todos circularam pela sala, lendo os perfis, curtindo, comentando e compartilhando os conteúdos do colegas com os quais mais se identificaram.

Seguida a esta rodada, um debate sobre o uso da internet e das redes sociais: Como, quando e pra que vocês usam as redes sociais? E a internet no geral?

Neste debate, as e os jovens conversaram sobre alguns conceitos que permeiam o mundo virtual: privacidade, segurança e exposição, benefícios da acessibilidade, facilidades e oportunidades que a internet oferece, e conheceram os Princípios para a Governança e Uso da Internet.

Alguns destes princípios foram trazidos para discussão:

1. Liberdade, privacidade e direitos humanos

“O uso da internet deve guiar-se pelos princípios de liberdade de expressão, de privacidade do indivíduo e de respeito aos direitos humanos, reconhecendo-os como fundamentais para a preservação de uma sociedade justa e democrática”

Na discussão sobre o primeiro princípio, foi apresentado à turma o conceito de “Pegada Digital” – os rastros que deixamos na rede todas as vezes que acessamos sites ou aplicativos, a privacidade individual e casos de violações, como publicações de fotos sem autorização e o vazamento de vídeos íntimos (porn revenge). Também foi discutida a questão da vigilância na internet, aplicativos espiões e a disponibilização de informações pessoais para empresas de software.

6- Neutralidade da Rede

“Filtragem ou privilégios de tráfego devem respeitar apenas critérios técnicos e éticos, não sendo admissíveis motivos políticos, comerciais, religiosos, culturais, ou qualquer outra forma de discriminação ou favorecimento.”

Neste momento, a turma foi apresentada à lei que regula o uso da Internet no Brasil por meio da previsão de princípios, garantias, direitos e deveres para quem usa a rede, bem como da determinação de diretrizes para a atuação do Estado: o Marco Civil da Internet (2014).

Aproximando o debate, as e os jovens foram convidados a refletir sobre as seguintes questões: Como podemos nos manter seguros na internet? Como o governo pode ampliar a segurança sem prejudicar a liberdade de expressão e o direito à privacidade?

Depois de conversarem sobre estes conceitos, os jovens participaram de um exercício: o aprendizado de conceitos relacionados à Educomunicação e o planejamento de uma cobertura educomunicativa para uma atividade oferecida na rede SESC.

 

O que é cobertura educomunicativa?

“A cobertura educomunicativa se utiliza das técnicas do jornalismo, mas as reinventa por meio de processos colaborativos que favorecem uma experiência educativa aos participantes. Ela possibilita o exercício do direito à expressão, a publicização e a valorização da perspectiva do adolescente em relação a diferentes temas e a ampliação do repertório sociocultural por meio do acesso a diferentes locais, temas e atores.”

 

Em seguida, as alunas e alunos debateram o Jornalismo, com três perguntas prévias:

  1. Como vocês avaliam a atuação da imprensa como agente de formação da consciência política e social?
  2. Por que a mídia é considerada o quarto poder?
  3. Como a internet e as redes sociais impactam na prática jornalística?

 

Depois da oficina de planejamento, a Viração, em parceria com o Sesc Vila Mariana, mobilizou o grupo de onze jovens para a realização da cobertura educomunicativa do Seminário jornalismo, as novas configurações do quarto poder.

As produções resultantes da cobertura educomunicativa do evento foram publicadas no site da Agência Jovem de Notícias e divulgados em redes sociais. Nos três dias de cobertura, foram produzidos 16 textos, 1 vídeo, 1 fanzine e 1 podcast.