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Como se engajar na agenda 2030?

Como a juventude pode potencializar a promoção e territorialização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Por Amanda da Cruz Costa

Chegou hoje? Não deixe de dar uma olhada nos textos:

Fala galeeera, belê? Chegamos no 5º encontro da nossa série.

Depois de tanto conhecimento teórico chegou a hora de arregaçar as mangas e colocar a mão na massa! Hoje vou apresentar algumas possibilidades de engajamento na Agenda 2030. Booooora juntinhes?

1. NÍVEL NACIONAL

Existem diveeeeersas organizações da sociedade civil que trabalham diretamente com a Agenda 2030, mas nesse texto quero falar sobre a minha experiência com organizações que possibilitam que jovens ocupem espaços de diálogo e de tomada de decisão. Espero do fundo do meu coração que após ler esse texto, você abrace uma causa e se posicione como uma liderança jovem que decidiu construir um futuro sustentável!

Engajamundo

A missão do Engaja é mostrar para o jovem brasileiro que se ele mudar ele mesmo, seu entorno e souber as ferramentas políticas, ele pode transformar sua realidade. Para tornar essa frase babadeira uma realidade, o Engajamundo desenvolve ações a partir de 3 níveis: local, nacional e internacional.

Local: Os núcleos locais (pessoal do mesmo estado) tem total liberdade para puxar ações de ativismo, reuniões com tomadores de decisão e formações em escolas públicas (Caminhos da Solução e Passo a passo do Advocacy).

Nacional: Existem 5 Grupos de Trabalho (carinhosamente apelidados de GT’s), que são espaços de discussão e co-criação online onde xófens ativistas das cinco regiões do Brasil trabalham para territorializar uma agenda da ONU. Os temas são ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), Clima, Biodiversidade, Cidades e Comunidades Sustentáveis e Gênero.

Internacional: Todos os anos o Engaja leva uma delegação de jovens para os espaços de discussão global. Tem a COP de Clima, a COP de Biodiversidade, o Fórum Político de Alto Nível, a CSW, Habitat etc.

Crie seu projeto

Se você tem um perfil empreendedor, essa opção é para você! Outra forma de se engajar na Agenda 2030 é criando um projeto individual, onde você possa transbordar assuntos relacionados a sua causa!

Depois de um tempo engajada nos debates sobre sustentabilidade, eu percebi que esses espaços eram ocupados majoritariamente por homens brancos héteros cis-gênero e VELHOS. Super absurdo, não é? Para mudar essa realidade, decidi criar o PerifaSustentavel, cuja missão é democratizar o conhecimento para as periferias de São Paulo.

Antes da pandemia, eu fazia workshops na minha comunidade a partir de três pilares-base:

  • Roda de conversa: “o que é o mundo ideal?”
  • Contextualização sobre a Agenda 2030;
  • Chamada para a ação: como NÓS podemos criar um mundo sustentável?

Como começar seu projeto:

  • Defina uma causa: a causa está vinculada com sua mensagem, é aquilo que queima em seu coração e te dá energia para alcançar o seu propósito. Se você sentir dificuldade em escolher uma causa, olhe para a Agenda 2030 e escolha 2 ou 3 objetivos.
  • Networking de impacto: depois de definir sua causa, se aproxime de pessoas que têm objetivos semelhantes ao teu. Somos a média das 5 pessoas com quem mais nos relacionamos e, se queremos transformar nosso mundo, precisamos ficar perto de pessoas que estão comprometidas em deixar um futuro melhor para as próximas gerações.
  • Transborde: Agora que você já definiu sua causa e se aproximou de pessoas marabrilhosas, está na hora de agir! Desenvolva projetos, campanhas, ações pontuais… O importante é começar 🙂

2. NÍVEL INTERNACIONAL

Eu, como internacionalista arrasadora que sou, também quero apresentar duas organizações internacionais que estão mudando a realidade de diversaaaaas pessoas, utilizando o “pensar global, agir local” como estratégia principal.

Youth Climate Leaders (YCL)

O Youth Climate Leaders é uma organização internacional que trabalha para capacitar, empoderar e conectar 1 milhão de jovens profissionais do clima até 2030 [super ousadíssimos, amooooo], através de 3 pilares:

  • Jornadas de aprendizagem (Capacitação): Essas jornadas possuem o objetivo de colocar o jovem num ambiente de construção de uma sociedade justa e sustentável, impacto coletivo e transformações individuais, através de práticas de autoconhecimento que fornecem um panorama amplo sobre clima.
  • Networking global (Conexão): conexão com jovens de diversos países, mentores, facilitadores e referências da área climática (Saiba mais sobre o Curso YCL e Imersões Internacionais).
  • Oportunidade concretas (Empoderamento): acesso a oportunidades profissionais e de voluntariado, workshops exclusivos para a rede, ações locais (Hubs YCL) e delegações da ONU.

Para ficar ligadinhe:

O YCL está com uma oportunidade babadeira de engajamento! No dia 24 de novembro acontecerá o Dia do Profissional do Clima, uma maratona de 24h de streaming para capacitar e integrar jovens na carreira climática. Se jogaaaa!

United People Global (UPG)

A UPG é uma comunidade internacional que tem a missão de “make the world a better place”, ou seja, “fazer o mundo um lugar melhor”. A organização nasceu com o objetivo de criar uma realidade de impacto, por via de 4 pilares:

  • Consciência: “É possível!” Mostra diferentes maneiras pelas quais as pessoas podem se engajar para tornar o mundo um lugar melhor. Ex: Ajudando as pessoas a entenderem e explorarem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
  1. Crença: “Sim, podemos!” Aumenta a crença de que cada pessoa é capaz de causar impacto. Ex: Desenvolvendo e promovendo iniciativas que tornam o mundo um lugar melhor por meio de treinamentos e capacitações.
  2. Colaboração: “Vamos trabalhar juntos!” Fomento de iniciativas nas quais as pessoas podem trabalhar em conjunto, usando os ODS como base.
  3. Comunidade: “Você não está sozinho!” Promove um senso de comunidade entre pessoas de vários países que compartilham um mesmo senso de propósito: tornar o mundo um lugar melhor.

CURIOSIDADE:

Meu projeto PerifaSustentavel nasceu através da UPG Sustainability Leadership Program, uma capacitação internacional focada em liderança cidadã para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Se você tem ideias que podem transformar sua comunidade, entra na UPG! Caso queira saber mais sobre a minha experiência, leia esse artigo.

Querido leitor, te apresentei 4 opções lacradoras de engajamento na Agenda 2030. Me conta nos comentários qual deu match perfeito com o seu coração? 🙂

 

 

Amanda da Cruz Costa é colunista da Agência Jovem de Notícias.

Agenda de Desenvolvimento Sustentável para 2030

Já parou para pensar em como seria o mundo ideal? Esse mundo sustentável para todos já foi imaginado e chegou a hora de construirmos ações concretas.

Por Amanda Costa

Olá galerinha, tudo bombom?

Eu sei que nosso mundo está uma loucura, muitas bad vibes estão rolando, mas quero te convidar a sonhar com um mundo melhor. Você já parou para pensar em como seria o mundo ideal?

 

Achou o exercício difícil? Espera, vou te ajudar: que tal um mundo fundamentado na paz, onde as pessoas são valorizadas, parcerias são feitas com o objetivo de cuidar do planeta e a prosperidade é uma simples consequência de um sistema justo, colaborativo e harmônico?

Talvez você esteja pensando:

Wowwwwwww, que coisa linda! Será que esse mundo é possível?

Acredite, caro leitor, não é mera utopia! Essas são as diretrizes dos 5Ps da Sustentabilidade, que nasceram com um plano baphônico dos Estados, empresas e sociedade civil para alcançar um desenvolvimento sustentável “sem deixar ninguém para trás.” A discussão ocorreu em setembro de 2015, quando 193 países membros da ONU adotaram uma nova política global: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Através de um documento ambicioso, visionário e ousado, foram adotados 17 Objetivos, 169 metas e 231 indicadores com o principal objetivo de possibilitar um desenvolvimento sustentável para T-O-D-A-S as nações, a partir da adoção de políticas públicas, medidas econômicas e ações sociais que viabilizassem a concretização da Agenda 2030.

Galera, sustentabilidade não se restringe ao pessuhippie, que fala “#Gratidão” ao invés de “obrigado”, frequenta restaurantes veggies e curte abraçar uma árvore. Além da dimensão ambiental, os aspectos social e econômico também estão envolvidos, sendo utilizados a partir da ótica do tripé de desenvolvimento sustentável, com o intuito de construir um mundo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável.

 

Viiiiiiu que o mundo ideal já foi imaginado? Agora precisamos arregaçar as mangas e construir essa realidade. A agenda é simples, mas os desafios são complexos: todo esse debate engloba questões de alcance sistêmico, como financiamento para o desenvolvimento, transferência de tecnologia, capacitação técnica e comércio internacional.

Dentro desse cenário abstrato, os recursos financeiros e o engajamento social foram caracterizados como as questões mais importantes da Agenda 2030. Para que os ODS sejam implementados com sucesso, é necessário mobilizar recursos nacionais, procurar medidas de financiamento público internacional, engajar a sociedade civil, assegurar a participação assídua do setor empresarial e disponibilizar o fornecimento de dados para que o acompanhamento das metas estabelecidas seja realizado com sucesso.

Querides, bora ser diretes: precisamos urgentemente criar ferramentas e mecanismos que possibilitem o engajamento tanto de crianças, como de jovens e adultos, num trabalho conjunto entre governo, sociedade civil e empresas. Esse rolê é tipo “ninguém solta a mão de ninguém e bora juntes construir um novo mundo.”

 

Apesar do Brasil passar por momentos de instabilidade política que dificultaram a priorização da agenda, está na hora de tampar o buracão deixado pelo governo federal. Desse modo, grupos organizados da sociedade civil e alguns agentes empresariais são os agentes que estão possibilitando o alcance da Agenda 2030!

Agora eu te pergunto: o que aprendemos com essa situação?

Uma coisa é fato: não podemos ficar parados aguardando a solução! Também é o nosso papel (xòfens lacradores que desejam ser parte da solução) buscar ferramentas criativas para divulgar os ODS, mobilizar atores chaves da sociedade e incidir politicamente nos níveis local, nacional e internacional para assegurar que o acordo seja cumprido.

Bora territorializar essa agenda! Vamos adotar atividades sustentáveis no nosso dia a dia, promover debates (explica para o crush o que são os ODS) e puxar ações arrasadoras para transbordar esse discurso. Somos agentes de transformação e estamos dispostos a construir o mundo dos nossos sonhos! 🙂