Convidado http://escoladecidadania.org.br/wp-login.php?action=logout&redirect_to=%2F&_wpnonce=b5eb908882

Rapidinhas

Perspectivas futuras: como escolher a sua profissão?

28 de outubro de 2020

A escolha profissional é uma carga de responsabilidade que pode ser complexa. Nesse texto, um esquema para pensar a escolha da profissão de forma saudável e mais leve.

Por Lucas Schrouth

Sem dúvidas, o fim do período escolar simbolicamente traz uma carga de responsabilidade, que é a transição para a vida e responsabilidades adultas – uma destas o trabalho. Vocação remete a chamamento, a denominar-se, ou seja, a forma como atraímos e servimos as pessoas – dá-se aí sua importância.

Escolher a profissão que se quer seguir e especializar é sempre uma tarefa ambígua, no entanto há uma boa trajetória que se pode traçar neste caminho:

  • 1º – profissão para vida toda: essa é uma ideia da qual é preciso se desprender. Você escolherá a sua profissão com base na mentalidade que tem hoje, na visão de mundo e de si na qual se encontra agora, mas felizmente nós evoluímos, crescemos, conhecemos novas coisas, pessoas e informações.

Então é totalmente normal você construir uma carreira e querer continuar estar ali, ou chegar em um momento que você percebe que não se encaixa mais naquela área e precisa de algo novo.

  • 2º – quem é você e qual seu estilo de vida: aqui entram diversos fatores como onde você se vê trabalhando? Ou seja, como você prestaria a melhor assistência e ajuda a outras pessoas?

Essa pergunta remete ao que você tem mais facilidade em lidar – números, tecnologia, gestão de pessoas, ensinar, escrever.

  • 3º – testes vocacionais e psicólogos: estes são dois recursos que podem ser muito úteis nesta etapa. Sim, os testes não são infalíveis ou absolutos, mas podem dar um norte facilitador; os psicólogos, por outro lado, são profissionais preparados e que podem ajudar numa orientação clara.

Procurar um profissional que lhe deixe confortável pra falar desse assunto é a melhor opção.

  • 4º – pesquise sobre a profissão: depois de passar por todos esses passos e de ter delimitado algumas opções, é bom pesquisar algumas coisas mesmo que pareçam óbvias, como: história da profissão, o que o profissional faz, faculdades, quantos anos de formação, mercado de trabalho/onde pode atuar, faixa salarial.

Se for possível converse com profissionais que atuem na área que você escolher.

  • 5º – o fator prático e o valor simbólico: ao longo dos anos, aprendemos que por vezes o que queremos e o que podemos não estão em conformidade. Enfim, ao fazer um levantamento geral sobre a profissão reflita sobre suas condições financeiras e práticas para cursar a faculdade dos seus sonhos, então coloque em prática os meios pelos quais pretende realizar, seja estudando para conseguir uma bolsa ou entrar numa universidade pública, seja levantando algum valor para dar o pontapé inicial ou se estabilizando em algum emprego que lhe garanta uma vaga em alguma universidade privada.

O caminho profissional é seu e atalhos são traçados durante a viagem.

  • 6º – dinheiro não paga autodestruição: ter uma perspectiva salarial e de carreira é importante (a estabilidade perante esta é interna). Escolher a carreira por segurança, concurso e capital, é partir para um narcisismo autodestrutivo.

Sua profissão é sua vocação, é a forma como você melhor se doar pelo outro, assim fazer o que gosta é a melhor forma de fornecer um bom trabalho.

  • 7º – NÃO TENHA MEDO DE RECOMEÇAR: é preciso destacar que o mercado de trabalho, num modo geral, além de exigir habilidades específicas de respectivas áreas, vem mostrando características gerais para todo profissional que almeja crescer em sua carreira.

A WEF – Word Economic Forum, publicou um relatório no qual levanta as habilidades que o profissional do futuro deve ter. De uma forma geral, a base por trás é de uma formação humanista, que leva em consideração que as profissões hoje em dia são cada vez mais coletivas.

Dentre elas podemos destacar a capacidade de resolver problemas de forma eficiente, criatividade e autonomia, inteligência emocional e coordenação com outros e uma especial a flexibilidade cognitiva.

Ser cognitivamente flexível significa não se enrijecer e estar aberto para desenvolver novas capacidades, a ação de ouvir por vezes é mais sensata do que a de falar – o aprendizado é uma profunda reflexão de humildade.

Por fim, a escolha profissional deve ser uma decisão autônoma e pensada, o melhor é sempre enxergar a situação num todo. Pesquise e leia tudo que puder sobre, converse com profissionais da área, no entanto a coragem é a principal virtude para que você começa a construir a sua própria história.